sexta-feira, 21 de maio de 2010

Falência anunciada

Ilustração GI
Os últimos dias têm sido férteis em notícias sobre a real situação económica do País, a falta de soluções válidas para resolver o problema do défice, a descredibilização constante e crescente do governo, o virar de costas do principal partido da oposição, por falta de confiança, quer na capacidade do governo de enfrentar a situação de forma séria e capaz, quer por descrédito total na figura do primeiro ministro.

Antigos Ministros das Finanças e Economistas de renome criticam a falta de coragem política para reduzir a despesa pública , modernizar o tecido empresarial e fomentar a criação de emprego, e co-responsabilizar os Bancos com a actual situação, retirando-lhes benefícios fiscais injustificados e, taxando os seus lucros como vulgares empresas que são. A acumulação de reformas dos detentores de cargos públicos e dos quadros superiores das empresas de capitais públicos são outra das contestações que ganha cada vez mais peso na opinião pública em geral.

Preocupante é também o facto de, cada vez mais, o Estado ser mau pagador; pagando mal aos seus fornecedores, o que estrangula a economia, e, ultimamente utilizando desculpas "gastas" de erro de processamento, atrasando mesmo o pagamento de prestações sociais e vencimentos.
Nas Forças Armadas, por exemplo, há atrasos injustificados de suplementos remuneratórios, sem nenhuma explicação. Ninguém pode prever por quanto tempo mais as autarquias poderão continuar a pagar atempadamente os vencimentos do pessoal, conhecidas que são as dificuldades de financiamento e a esperada quebra de receitas e os cortes nas transferências do poder central, tudo isto conjugado com situações de forte endividamento em que se encontram a grande maioria dos municípios.



Sem comentários: