sábado, 28 de março de 2009

Casa onde não há pão...

Todos ralham e ninguém tem razão.
Assim diz o ditado, e assim estamos nós cada vez mais.
Descrentes nos nossos políticos a quem um dia confiamos a difícil missão de gerir os nossos destinos, e que nos decepcionam a cada passo sejam eles de direita ou de esquerda, conservadores ou progressistas.
Corrupção, favorecimentos pessoais, jobs for the boys, direcções-gerais criadas à medida para este ou aquele político arredado das lides por mau desempenho, por incapacidade comprovada, por estar envolvido em negócios pouco claros, ou simplesmente porque perdeu o tacho numas eleições julgado pelo povo que não voltou a dar-lhe o seu voto de confiança.
Vem isto a propósito da notícia ontem avançada pela TVI, num exemplar serviço público de informar com isenção, sem servilismo e de forma absolutamente independente, como é seu apanágio, dando-nos conta do tal DVD do caso Freeport, principal prova no processo a decorrer em Inglaterra, e que por cá nem foi admitido como tal pelos iluminados, isentos e acima de quaisquer suspeitas Senhores que foram a Haia (Den Haag) na Holanda para reunirem na Europol, polícia europeia, onde lhes foi proposto criar um grupo de trabalho conjunto com os ingleses no intuito de uniformizar procedimentos e trocar informação sobre um processo de tamanha importância.
Pasmemos-nos pois porque estes tais senhores recusaram tal proposta.
Que defendem eles, de que tem medo??
Será verdade que esse dinheiro foi utilizado no financiamento do partido, e que por essa razão todos estão unidos com o único objectivo de encobrir a verdade?
Será mais fácil manobrar a justiça cá entre nós sem a intromissão desses ingleses que só querem apurar a verdade não se deixariam corromper?
O que é certo é que mesmo perante evidências, provas irefutáveis, continuamos a ouvir desculpas esfarrapadas, e tentativas de fuga prá frente...
A continuarmos assim não sei se um dia os filhos não se revoltam... fartos da falta de pão e cheios de razão!!!

domingo, 8 de março de 2009

Gestação

Processo natural de desenvolvimento, fase de grandes alterações, de vivências únicas e inexplicáveis, de enormes expectativas e de fundadas esperanças.

O amor e carinho que pusermos em cada gesto, a atenção e a dedicação que em cada momento lhe dispensarmos serão como fertilizantes naturais.

A envolvente social e sobretudo familiar assumem aqui um papel fundamental no que concerne ao ambiente calmo e despreocupado em que esta fase deve decorrer.

Gerar um ser é, sem dúvida, uma bênção, mas representa uma enorme responsabilidade.

sábado, 7 de março de 2009

Contribuição

Publicado no forum




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País de Bananas
« em: 03/05/09 às 22:10:56 »

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A minha mãe quando jovem dizia-me: estuda filho que vem aí dias difíceis.... enfim la fui estudando até poder mas cedo tive que buscarme la vida como dizem nuestros hermanos.
Naquele tempo, no alentejo, quem não tinha formação académica e tinha cunhas tentava a sorte nas fábricas, os outros seguiam as pisadas dos progenitores e trabalhavam a terra ou guardavam o gado.
Veio a revolução e os pastores e vaqueiros tornaram-se GNR´s ou Policias, era então a grande saida.
De tal forma se generalizou a ideia de que estas eram as profissões mais convenientes que nas populações mais pequenas todos queriam, depois do serviço militar, tentar a sua sorte num destes ramos.
A mim, assutava-me essa maciva integração em quadros das forças de segurança da tal camada de gente sem saídas profissionais. Tinha até a ideia que não serviam senão para multar. Havia ainda a Guarda Fiscal que servia para nos "limpar" quando visitavamos os nuestros hermanos e nos atreviamos a trazer algo que cobiçassem. Enfim outros tempos.
Afinal o que mudou
As Mães foram dizendo ao longo dos tempos: Estuda filho, os filhos pouco estudaram, alguns até, formaram-se aos domingos, outros fizeram-se Engenheiros Técnicos sem saber como e depois então trataram dos papeis...
Os tais policias perderam regalias sociais, revoltaram-se, ainda mais, tornaram-se azedos cidadãos, de mal com a vida, são a camada socio-profissional com mais suicidios (porque será?) multam cada vez mais pra se vingarem vá-se lá saber do quê ou de quem (talvez daquela vaca gorda que um dia ao sentir-se ordenhada lhe deu uma vasculhada com o rabo na cara)
Mas sosseguemo-nos porque os outros, alguns dos tais iluminados estudaram mas um dia chegaram a directores bancários, e ao mesmo tempo que davam ordens para sacar o carrito ao Zé que se atrazou no pagamento, jogava com o dinheiro dos aforradores em negócios pouco claros que haviam de levar ambos a maldizer a hora em que a ambição lhes toldou a razão, é que as offshores até pra quem trabalha são sinónino de grande risco, que o digam aqueles que, nas plataformas sofrem pra ganhar a vida dignamente.
E, cá vamos nós sentindo que as coisas não pdoem continuar assim, afundando-nos colectivamente como se assistissemos de fora á nossa própria degradação.
Indignemo-nos pois, antes que seja tarde demais!!!



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A indignação é a nossa melhor ferramenta, causa algum ruído mas o resulatdo pode ser inacreditável!!!