segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Vigilância Pública


Direito à Privacidade


Desde há muitos anos que me habituei a ver nas principais Cidades Europeias, câmaras de vigilância, e não me consta que tenha resultado daí perda da privacidade dos cidadãos, mas antes um aumento do sentimento de segurança de uns e de dissuasão de outros.
Apenas a título de exemplo, uma das ruas principais de Roterdão, pela extensão e pelas características sociais dos moradores, até então exaustivamente patrulhada sem grande sucesso, recebeu as ditas câmaras (redondas com um raio de acção-vigilância de 360º) nos locais mais críticos, cruzamentos, lojas de conveniência, clubes nocturnos e bares, superando o resultado todas as expectativas.
Claro está que para que seja eficiente há que preparar todo um plano de actuação, ter agentes bem formados (com excelente compleição física, e treino para enfrentar situações de grande perigosidade), para que ao mínimo sinal de desordem pública fornecido pelas imagens que recebem possam chegar em tempo útil. Assim acontece, e a zona continua a ser igualmente frequentada sem qualquer retracção pelo facto de estar a ser vigiada, atrever-me-ia até a dizer que haverá quem tenha perdido o receio de por ali andar, justamente por se sentir agora mais protegido.
O ditado diz que "quem não deve não teme"
Não quero acreditar que as imagens recolhidas tenham qualquer outra finalidade.
E, depois do controle a que já estamos sujeitos pelas vias verdes, pela utilização de telemóveis e de cartões de débito e crédito, que mais dá se isso nos trouxer alguma segurança.

Sem comentários: