Há dias escrevi sobre este assunto noutro Blog, abordando a questão do ponto de vista da insegurança e marginalidade que estão associadas aos processos de desenvolvimento. A deslocação de mão de obra primária mais barata por altura das grandes obras, está invariávelmente ligada ao crescimento de nichos de trabalhadores estrangeiros, a viver em condições sub-humanas de alojamento e de ambiente familiar. Estes trabalhadores auferem ordenados inferiores aos de um trabalhador nacional, mas ainda assim, considerávelmente superior ao que poderiam conseguir nos seus Países de origem. Criam-se aqui duas situações:
Exploração por parte dos Empresários, relativamente a estrangeiros em situação laboral de carência, por falta de fiscalização adequada e que faça respeitar os direitos dos envolvidos;
Instabilidade social, dificuldades económicas e de integração desta gente que chegou até nós com o sonho de refazer aqui a sua vida, que acabam, mais tarde ou mais cedo, por trazer a família.
Com a recessão mundial, muitos dos projectos foram adiados, outros protelados, serão feitos, mas faseadamente de acordo com as disponibilidades
Adiados ficam também os sonhos daqueles que terão cada vez mais dificuldade em manter o seu trabalho, única fonte de rendimento para sustento das famílias, quer sejam Portugueses ou Estrangeiros
Fecha-se uma porta, abre-se uma janela..
A da marginalidade,e da prostituição... Pura sobrevivência.
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