quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2009 em revista


Assim vai a vida...


Estamos a poucas horas de terminar mais um ano, é tempo de lançar um olhar sobre mais uma página que nos preparamos para virar neste livro da vida que para uns tem carácter de romance enquanto que para outros se assemelha mais com um trágico drama.


Temos um País envelhecido, de desempregados, de sobre-endividados, estamos na generalidade muito apreensivos quanto ao futuro, sobretudo ao dos jovens.
A contariar a tendência do envelhecimento da população apenas a chegada de mais imigrantes, e o nascimento dos filhos destes; Mas será que estamos a saber receber condignamente esta gente que nos chega na esperança de reconstruir aqui as suas vidas e proporcionar um futuro melhor aos seus. Como costuma dizer-se, o importante não será dar-lhes o peixe mas sim ensiná-los a pescar.


O desemprego será sem dúvida outro dos principais problemas a enfrentar e resolver, dado que temos cada vez mais jovens licenciados que terminam os seus cursos e engrossam as fileiras dos desempregados, com a agravante de que não foi feito um estudo sobre que tipo de formação garantiria aos nossos jovens uma melhor saída profissional, que necessidades temos e quais as prespectivas de evolução. Temos hoje sobretudo recém licenciados na área das Ciências Sociais, o que pressupõe a sua integraçõo na área dos serviços, quando o que puxa pela economia são as áreas técnicas, nomeadamente as relacionadas com as novas tecnologias.


Estamos sobre-endividados ao nível das famílias e ao nível do País, sendo que a segunda representa o hipotecar das gerações futuras. Este é realmente tanto mais preocupante quando assistimos a uma desenvergonhada "fuga para a frente", com total desnorte dos nossos políticos em geral e dos nossos governantes em particular, mais preocupados com os seus negócios, em defender os seus interesses particulares, empresariais ou feudais, sem o mínimo propósito de trabalhar em prol das populações que os elegem e sustentam, esperando que os representem e defendam como era suposto acontecer.




A corrupção, os jobs for the boys, as negociatas pouco claras entre algumas empresas e o Estado, o enriquecimento ilícito, ou não justificado, a justiça diferenciada para ricos pobres, a crescente insegurança, e as "lutas" institucionais entre órgãos de soberania, são preocupações que transportamos para o novo ano

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