sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sentido Único


Noutros tempos a Mulher era vista como um ser menor, obediente, que não podia trabalhar, estando-lhe destinada a missão de cuidar os filhos e o lar. 

O amor era então uma questão menor, quase mesmo tabú, a dependência da mulher em termos económicos, e a sua dedicação, mesmo que forçada pelos hábitos, ao meio familiar tornavam-na um ser passivo e facilmente manipulável, assemelhando a sua existência à de uma escravatura consentida. O amor não era então mais que companheirismo e a paixão vista pelos homens como uma fraqueza. 
O divórcio era então entendido como algo impensável, muito por culpa da educação cristã que considerava o matrimónio um compromisso para a vida.

A emancipação da mulher, trouxe-lhes a igualdade de direitos, dos quais destacaria o acesso ao trabalho e a consequente independência económica, o que tem provocado uma alteração de mentalidades e uma inevitável  mudança dos hábitos de convivência familiar e em sociedade.

As mulheres de hoje trabalham, tem a seu cargo os filhos e a lide da casa, algumas-poucas-vezes ajudadas pelos cônjuges ou companheiros, por comodismo ou por falta de formação cívica, o que, as engrandece e faz crescer como seres humanos cada vez mais capazes.

Desta forma o "sentido único" do amor que dispensavam aos maridos alterou-se radicalmente, na medida em que se sentem mais seguras autónomas e capazes de conduzir e mudar as suas vidas;
Já os homens estão cada vez mais embrenhados na conquista do seu lugar ao sol, da progressão da sua carreira, e distraídos das suas obrigações conjugais, e, muitas vezes quando se dão conta que afinal não são insubstituíveis e que a única forma de manter uma relação é investindo de forma empenhada e continuada, iniciam uma tentativa desesperada de resgatar esse amor.

O que acontece é que, também agora este sentimento tem sentido único...

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